Muito criticada no início - especialmente pelos fabricantes e por alguns países parceiros - a Lei de Redução da Inflação (Inflation Reduction Act) está se revelando um verdadeiro sucesso para o segmento de veículos elétricos dos Estados Unidos.
O estudo da Clean Energy Associates (CEA) mostra que a América do Norte se tornou a região que mais cresce no mundo em termos de investimentos em baterias. Em maio de 2023, os Estados Unidos superaram pela primeira vez na história a capacidade de produção de baterias para veículos elétricos da Europa.
Enquanto a Europa está se movendo em um ritmo mais lento em relação ao carro elétrico e às gigafábricas, deste lado do Atlântico os norte-americanos estão correndo em direção ao futuro de emissão zero.
Entrando nos detalhes do estudo da CEA, a consultoria prevê um aumento de 186% no investimento em baterias de carros elétricos até 2025, em comparação com os números de 2022. O líder mundial continuará sendo a China, embora sua participação global caia ligeiramente nos próximos anos, em contraste com a América do Norte.
Por mais tendenciosa que a análise possa parecer (a CEA está sediada em Denver, Colorado), ela de fato atesta o que vimos nos últimos meses. A decisão de tornar "elegíveis" para incentivos apenas os modelos construídos nos EUA e com matérias-primas extraídas em solo americano ou em países "amigos" de Washington está trazendo seus benefícios, com os principais fabricantes de automóveis anunciando muitos projetos para os próximos anos.
Apenas para citar alguns, considere a Ford, que planeja construir uma fábrica de baterias de 35 GWh junto com a CATL em Michigan, enquanto a Envision AESC colaborará com a BMW em uma fábrica de baterias dedicada a modelos de carros elétricos a ser construída na Carolina do Sul.
A Hyundai e a LG unirão forças para construir uma fábrica de 30 GWh e 300.000 veículos elétricos por ano na Geórgia até 2025. E a Stellantis planeja quatro gigafábricas na América do Norte, apenas para citar alguns exemplos.
Em resumo, após anos de certa resistência, os EUA se confirmam como um terreno fértil para a transição energética. Cabe à Europa responder (com fatos, não proclamações).
Fonte: Clean Energy Associates
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